25 de out. de 2009

Encontro Casual







Olá! Sou o primeiro capitalista,
Fiz-me só e foi só que derrubei os suseranos feudais.
E agora sou poderoso e quero ser mais,
Sou o espírito da conquista.
Não vou dizer que venderia meus pais,
Eu vendi, mas não pense que sou mal, apenas pense que ganhei,
E que também vendi seus ancestrais, vendi você,
Venderei seus filhos, que nem serão caros.
(Parece que o futuro não está em alta no mercado especulativo)
Tornei seres humanos desprezíveis,
Fiz o código de ética ser antiético e para os políticos
Que abraçam os pobres, anti-séptico.
Mas do que mais me orgulho são dos quarenta milhões de mil vencidos
E da ainda maior multidão de miseráveis que roubo diariamente,
Roubo tudo, até o direito de ter algum direito,
Para isso conto com meu séquito de estudantes de direito, lógico.
Conto com eles, conto com os empresários, empreiteiros, latifundiários,
Conto com os socialistas que vendem a camisa do Che,
Conto com os regimes totalitários, conto com os bancários, com poetas,
Lucro com quem presta e os que não prestam, afinal...
Sou o primeiro capitalista, sou o espírito da conquista
E foi um prazer te conhecer e não se esqueça
Conto com você...

22 de out. de 2009

Escrevi essa hoje... ;D


SOPRADOR DE VERBOS


Como esperar coerência e coesão

Se sou feito só de pedaços,

Escrevo meus versos em tufão

Já que me amputaram os braços.


Escuridão eterna e veneno disforme

Medo, raio, tempestade e o eclipse são casulo

De tantas outras coisas que eu ainda ovulo

No meu fértil ventre de poeta que não dorme.


Aquele que foi destruído,

Nada constrói com seus verbos

Tudo que é certo foi abolido

Abraçando o vácuo incerto.

E para ser mais dadaísta ainda o que faria?

Eu sopraria um poema em meu coração,

Bem no centro do meu Ego,

Na minha maior pilastra

E com um fanatismo de um iconoclasta...


Destruiria todo meu peito com alegria.

9 de out. de 2009

Roubei isso de um Pensador


Ah! Sei lá

Tenho tanta coisa aqui, só pra você.
Mas não faço ideia de como vou dizer,
Tantas poesias que eu queria te falar
E tantos beijos que eu queria te dar.
O que mais eu tinha? Agora nem sei mais...
Não sei... muitas coisas eu já deixei pra trás,
Agora vai!
Tem algo que tenho que te dizer,
Por mais que tente não posso te esquecer.

Eu não sei o que dizer... sei lá!
Se nossos caminhos irão se encontrar,
Se nosso olhos irão se olhar ,
Se um só beijo eu vou te dar,
Se eu vou entregar todas as juras de amor
Que jamais te escreverei?
Não sei...Ou sei?
Não as farei por medo, pois ridículo serei!

Será? Será que tu queres me escutar?
Será tu queres me ouvir?
Será que queres conhecer todo aquele sentimento que não soube te dizer?
Agora se você pudesse vir, se você pudesse ver ou se ao menos pudesse me sentir,
Eu ia te levar pra conhecer todo esse sentimento, aqui bem no fundo do meu ser,
Onde o tempo não soprou o vento que faz esquecer, aqui eu te diria tudo,
Não sei! Quem sabe eu não ia dizer nada, ou dizia tudo ao mesmo tempo
No doce sofrimento de minha voz calada.