18 de jul. de 2009

Não sou Geraldo Vandré, mas também falo de flores

Para não dizer que não falei das flores

Hoje resolvi falar das flores,
E por falar de flor, quis você comigo
Quis-te mais que a psique quer o cupido
E te quero mais que a primavera quer as flores.
E por falar das flores em sua juventude,
Vou te confessar que não falei tudo que eu pude
Porque não vejo uma só flor no meu caminho,
E enquanto as flores eram jovens, eu andei sozinho.

E para não dizer que de flores não disse
Hoje, então, eu vou falar das flores!
Vou falar das flores em sua efemeridade típica
Pois a flor que era jovem ontem, hoje é raquítica.
Descobri que as flores me assustavam
Eu temia o seu veneno ansiosamente,
Temia e ansiava com a pressa mais urgente,
Ansiava e temia pelas causas mais injustas

Hoje finalmente não temo mais a flores,
E somente por isso devo falar delas.
Falo que antes eram jovens e agora elas são velhas
Não sai doce perfume de uma pétala em dores
Falo que já fui um jovem poeta cheio de amores,
Rodeado de jovens flores cheia de perfumes
Hoje não sou mais o poeta dessa arte maculada,
Hoje finalmente sei o que é uma flor desesperada!

15 de jul. de 2009

A Ruína em que o tempo nos coloca


Seguindo a linha melancólica do Blog ( afinal ela fez muito sucesso, com 2 grandiosos comentários), está ai um tema quase romântico ! Não gosto de explicar minhas poesias e se eu fizesse isso ia limitar as interpretações de minhas quase artes e tendo a crer que se eu diminuir o numero de linhas o numero de leitores aumentará ! ( sem falar no meu número de erros gramaticais).




Ruínas do tempo

O amor é lugar de tempestade,

É templo de atitude e de ação,

Ritual profano de beatificação,

Miolo de escravidão com casca de majestade!

Conforme foi passando o tempo,

O que era belo hoje se faz mágoa,

Não passa de lodo

O que ontem era água,

Abstrato lento

No que era rápido e concreto...

Meu coração foi faraônico projeto

Hoje é ruína que o tempo não reboca

E quanto mais o tempo passa,

Mais minha alma traça

E essa ruína em outras ruínas se destroça,

Meu coração é faraônico dejeto!


8 de jul. de 2009

Achou deprimente? Me da um real que fico feliz !!! XD~~


"Um pouco de prosa onde espero postar o máximo possivel de poesias ( pelo menos inicio com essa imaculada intenção)". Parece que minha intenção de colocar poesias foi uma mácula desde princípio! 1- Vou mudar essa dedicatória 2- Agora vou tentar colocar uma rolha pra ver se para essa diarréia prosificada que eu tenho feito para, porém não se animem, sai um prosador cloacal e entra um eu-lirisista medíocre ( se alguém acha as palavras "cloacal" e "medíocre" muito pessadas pode substituilas por " comum").

Por falar em comum, vou falar sobre os comuns. Se nós somos as flores e o jardineiro é o IBGE, provavelmente seremos flores comuns, da espécie mais peba ( pelo menos eu sou). Todo mundo sonha em ser especial, mas o que vem com o passar dos anos? Busão, carro popular ( para os comuns menos comuns), barriga de cerveja, mulher feia, emprego chato, filhos idiotas, raiva do espelho, Nissin, micose,Ana Maria Braga, transito, presa, presa, presa presapresaepresa. A cada dez pessoas no mundo UMA é um campoês chinês ! Pode até parecer surreal ou até mesmo fantástico para nós os brasileiros, mas o que pode haver de mais comum em um camponês do olho puxado? ( Sei nem se eles têm identidade cultural, não sei até mesmo nós temos isso! )Nem vou falar muito pois talvez eu fique parecendo algo depressivo e não tem nada mais comum que pobre depresivo. ( Eu ainda me iludo com sonhos de ser especial !!!)

Agora com vôces 1,2,3...POESIA !!!!!



ÉPICO DOS COMUNS


Queria um dia.
Um dia histórico,
Um dia histórico qualquer,
Qualquer dia,
Qualquer história
Que não seja igual à de agora,
Que não seja igual ao que sempre é.
Sou um cara comum.
Igual a todos,
Qualquer um.
Sou qualquer um!
Igual a outros
Na certeza da dúvida constante
Na sempre igual rotina incerta e infame!
Quem cantaria uma história assim?
É esse o poema épico que fariam pra mim?
O épico dos comuns,
O épico dos iguais,
O sobrenatural dos normais!
Sou qualquer um...
Em um dia qualquer.

5 de jul. de 2009

A Queda de Faetonte

Alguém já parou pra pensar que gostamos de certos personagens não somente por suas qualidades e defeitos, Mas pela interpretação e o significados que essas qualidades e defeitos têm para nós. Eu, pelo menos, acredito que assim o seja!
Da mitologia grega com toda, total e a mais absoluta das convicções o personagem mais popular é Brad Pitt... ops ! Aquiles, afinal ele é o mais forte, bonito, famoso, corajoso e foi "interpretado" por um cara super bonitão no cinema (Se meu pai ler isso eu levo uma foiçada). Particularmente não partilho dessa opinião, como alguns de viram eu gosto de Ícaro, não só de Ícaro, tem um boyzinho também chamado Faetonte, esse moleque tem uma história muito arretada (Nunca escrevi nada sobre ele, mas isso pode ser remediado).
Ele era filho de Apolo (Apolo era Deus de um moi de coisa, tipo: Lira, medicina, arco, profecia, peste, etc), mas ninguém acreditava nisso, todos escarneciam e denegriam sua imagem (seria ai o começo do bulling?) só por ter a ousadia de denominar-se filho de Apolo. Para provar estar certo Foi até a morada de seu próprio pai, chegou lá com muita força de vontade e obstinação, ao entrar no palácio, atravessando as portas polidas que conduziam à sala do trono, onde estava o Deus-sol, envolto por um brilho totalmente ofuscante. Incapaz de avançar perante a luminosidade do sol e totalmente sem palavras devido a grandiosidade de seu pai. Foi o Deus que começou a conversa "O que te trouxe aqui?", perguntou, " aqui estou", respondeu o jovem com muita ousadia, " Para descobri se és ou não meu pai, minha mãe diz que sim, mas meus amigos riem de mim quando digo que sou teu filho, logo resolvi vir aqui para que tu mesmo possa dizer ou não se sou teu rebento." Sorridente o Apolo tirou sua coroa para que seu filho pudesse chegar ainda mais perto " Aproxima-te, filho" , sorrindo continuou falando. " És meu filho, disso não duvides, para dar-te uma melhor prova podes pedir qualquer coisa que eu te darei."
Poucas vezes Apolo errava, essa foi uma delas, afinal as vezes nem o Deus da profecia é capaz de prever qual serão as consequências dos sonhos dos mortais! Sem dúvida, nosso colega Faetonte já olhou o sol passar e pensou como seria conduzi-lo, nem que fosse por apenas um dia, a sensação de conduzir os corcéis e andar pelo mundo levando a luz, mesmo que por um dia, e foi isso que desejou a sei pai. Na mesma hora o Deus da sabedoria se deu conta de sua loucura, acabara de decretar a morte de seu recém-conhecido filho. “Meu caro menino, essa era a única coisa que eu teria recusado. Sei que não posso fazê-lo, pois jurei, se você insistir eu terei que conceder, mas acredito que você me ouça, és mortal Faetonte e não cabe a ti dirigir o carro do sol, nem a ti e nem a outros deuses, apenas por minhas mãos o carro do sol pode ser conduzido."
Toda essa sabedoria, porém não adiantou ( ainda bem que nós, os jovens de hoje, escutamos nossos pais). Um sonho glorioso ele vivia nesse momento, que já se via pilotando o carro do sol e logo tinha que fazê-lo, pois estava na hora e o Deus-sol não poderia voltar atrás. Mesmo com todos os conselhos que o avisavam de seu réves. Faetonte tinha feito sua escolha, e só lhe restava abraçar o seu destino. O próprio vento foi facilmente ultrapassado, os cavalos passavam das nuvens baixas, mais próximas do oceano, e logo subiam para as maiores alturas do céu. Durante alguns poucos segundos de puro êxtase, Faetonte, foi o mortal mais glorioso que existiu senhor do firmamento e condutor do carro do sol, ele levava toda luz e o dia. Essa história não termina com a glória de Faetonte (se assim fosse não seria tão bela) seu destino o chamava, e como previra seu pai ele haveria de cair.
Caiu logo depois do ápice de seus sonhos, despencando violentamente do píncaro de sua glória, Faetonte é uma dessa poucas pessoas que são mais conhecidas pelas suas quedas do que por suas escaladas. Os cavalos desgovernados corriam alucinadamente, Faetonte que mal conseguia manter-se no carro, foi envolto por um calor infernal e uma fumaça espessa que parecia saída de uma fornalha. A única coisa que agora queria era acabar o mais rápido possível com todo aquele tormento e terror. Teria saudado alegremente a própria morte. A situação também se tornou insuportável para a Mãe terra. Lançou um grito avassalador que foi ecoar junto aos deuses. Zeus, pai dos deuses, viu que o próprio mundo corria risco com a imprudência e tinha que agir, a salvação do mundo dependia de uma ação muito rápida de sua parte. Zeus pegou o raio e lançou-o contra o condutor imprudente e arrependido. Faetonte caiu morto, o carro foi destroçado e os cavalos enlouquecidos foram lançados nas profundezas do mar.
Através dos ares, Faetonte caiu como uma bola de fogo sobre a Terra. O misterioso rio Eridano, nunca visto por qualquer mortal, recebeu-o, extinguiu o fogo e esfriou-lhe o corpo. As Ninfas, com pena de vê-lo morrer tão jovem e cheio de coragem, sepultaram-no e gravaram em seu túmulo:

- Aqui jaz Faetonte, que dirigiu o carro do Deus-Sol. Grande foi sua queda, grande foi o seu fracasso, grande foi sua tolice e grande foi seu castigo, mas grande também foi sua ousadia
, grande foi sua glória, grande foi sua altura e maior ainda foram seus sonhos.



4 de jul. de 2009

A queda de Ícaro


Certa vez Dédalo, artesão muito habilidoso, caiu em desgraça com Minos, rei de Creta,
e foi aprisionado em uma torre, seus planos de fuga seriam frustrados se fosse
por terra ou por mar “Minos pode controlar a terra e o mar, não o ar".Disse ele.

Em uma fuga Dédalo pensou
E seu filho Ícaro começou a sonhar
Queria conhecer o fogo do sol
e se banhar nas águas do mar.

Construiu asas, fez como dos pássaros. O artífice equipou a si e o seu filho e o ensinou a voar dizendo:" Ícaro, meu filho, voe a uma altura moderada,
pois se voares muito baixo a umidade poderá emperrar suas asas, se fores muito
alto, o calor há de derreter a cera. "

No céu ele se afogou
Ícaro começou a voar
Queria o fogo do sol,
queria a água do mar
E como um pássaro que se perdeu
Pro alto começou a voar
Estava bem perto de céu
Estava bem longe do mar
E como um anjo que se pendeu
Para o mar foi desabar
Queria o calor do sol,
Queria no mar se molhar.

A proximidade com o sol e mar acabou por amolecer a cera que mantinha as penas,
Ícaro começou a cair continuou batendo os braços, mas nenhuma pena lhe restou.
Gritava por socorro e caiu em uma ilha, que passou a se chamar por se nome.

As assas que seu pai lhe deu
Ruflaram de par em par
Nem teve o fogo do sol
Muito menos a água do mar

Seu pai gritava desesperado: "Ícaro, meu filho, onde estás?" finalmente viu as penas flutuando no céu e o corpo de seu filho prostrado na terra, amargamente lamentando a própria arte, enterrou se filho e a ilha chamou de Ícaria.

Na minha vida assim tu é,
Meu Minos, meu sol e meu mar.
Tua beleza me prende e me fere,
Minhas assas não me libertam só fazem me aprisionar
Assim como Ícaro queria me banhar
Nas chamas de teu sol
E nas águas de ter mar.

Com suas asas Ícaro clamou

A atenção calorosa do sol e provou

Do úmido hálito do mar

Com esta história espero chamar

A atenção calorosa de seus olhos

E o hálito de sua boca úmida provar,

Um Ícaro tardio eu sou,

Pouco me importa se do céu desabar

Se o arriscado vôo Para o sol de teus olhos

E para as ondas de teu corpo,

Eu voar.



3 de jul. de 2009

Início


Já comecei bem no mundo do Blog apagando sem querer minha primeira postagem ( Maldita exclusão digital), superando essas dificuldades, vamos nós ! O que devo colocar aqui? O começo é sempre mais dificultoso, primeira semana de musculação, primeira cadeira de cálculo infinitezimal ( graças a Deus sei nem o que é isso), primeiro beijo, primeira semana de trabalho ( infelizmente sei o que é isso), vocês já notaram que as decepções e os arrependimentos sempre tem o impacto de como se fosse a primeira vez que ocorressem? Nossa eu sempre tendo ao drama, será que fazendo tratamento psicológico eu supero isso? Agora vamos colocar um pouco de afirmação nesse Blog onde impera a dúvida, a verdade é que um dia eu cai da cama e cismei que sou poeta e se alguém tiver a infelicidade de ser um leitor desse Blog terá que lê-las, ou não !

Para começar uma poesia que eu mais ou menos fiz com uma aniga, espero que não sejam criticos muito caústicos.


Mão, alma e poesia para um poeta é comburente, combustível e combustão. Chão, calma e travessia para um poeta é, dentro da sua mente, uma ideia que caminha para o coração.

Quem mais além de ti, poesia, poderia do meu coração tirar e em um papel me fazer colocar com ousadia as palavras e transformar, o anseio do poeta de falar? Quem mais além de ti poderia em todos os momentos me servir de divã e confissão, minha ouvinte e minha cúmplice?


Confesso:As palavras da alma e o lamento do coração eu ouço.


Expresso: Em meus sentimentos há mais de mim que não conheço.


Vejo-te:Tão bela assim, tão perto de mim e tão longe do meu beijo.


Escrevo:Não é tão simples assim mais só assim o que eu sinto eu vejo.