20 de out. de 2011

Um ode a Manoel Bandeira

Notícia de um jornal que não li:


Nu nessa terra veio,
Nu dessa terra foi.
Ele foi um produto do meio
E meio que do barro veio
E enterrado no meio do barro foi!

Durante a vida engoliu sapos, creio,
E com o coaxar dos sapos se foi.

Agora essa notícia num jornal que nem leio:
Pescador bebeu, mergulhou no rio, e se foi.



Faz muito tempo que não posto nada aqui, não poderia deixar o dia do poeta passar batido. Por isso aqui está uma poesia inédita, o próprio Manoel Bandeira disse que mais tarde ia comentar, e você ?!

23 de jan. de 2011

Do abandono




Eu detestava ser poeta e fui deixando morrer - dia a dia- todo e qualquer traço de poesia que encontrei na vastidão de minha alma. Não suportei o maldito peso de escrever com o coração teso, sobre um infinito vale de angústias que enfim, transbordou de lágrimas. Matei, deixei morrer, suicidei, não sei... Apenas foi embora todo aquele lirismo que cultivei outrora. Agora que todo esse peso me abandonou, eu, não sou mais triste. Contudo, o abismo ainda me chama e sem lágrimas, restando apenas lama, como um poço imenso de letargia que compõe minha nova essência fria. Agora que a poesia me deixou, eu não sou mais o que sou. Agora minha alma é vazia.

Agora... Temo não ser mais nada!



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" Cara, caramba, cara, comenta aê ! " - Bell, vocalista da banda Chiclete com Banana, falando do Blog do Escritor Analfabeto.