23 de jan. de 2011

Do abandono




Eu detestava ser poeta e fui deixando morrer - dia a dia- todo e qualquer traço de poesia que encontrei na vastidão de minha alma. Não suportei o maldito peso de escrever com o coração teso, sobre um infinito vale de angústias que enfim, transbordou de lágrimas. Matei, deixei morrer, suicidei, não sei... Apenas foi embora todo aquele lirismo que cultivei outrora. Agora que todo esse peso me abandonou, eu, não sou mais triste. Contudo, o abismo ainda me chama e sem lágrimas, restando apenas lama, como um poço imenso de letargia que compõe minha nova essência fria. Agora que a poesia me deixou, eu não sou mais o que sou. Agora minha alma é vazia.

Agora... Temo não ser mais nada!



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" Cara, caramba, cara, comenta aê ! " - Bell, vocalista da banda Chiclete com Banana, falando do Blog do Escritor Analfabeto.

9 comentários:

  1. Estais perdido...
    Beijo poeta =)

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  2. PQP, é duro ter alma de poeta. Mas é aquele lance da "insustentável leveza do ser", o vazio pesa mais ainda.

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  3. também tinha a falsa impressão de que a poesia somente aparecia nos momentos de dor, angustia, tristeza, mas, como disse Cecília Meirelles, "Canto por que o momento existe e minha vida está completa, não sou alegre e nem triste: sou poeta!"

    Felicidade inspira muito, acredite!

    http://estacaoprimeiradosamba.blogspot.com/

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  4. Mais uma vez,
    sem variar,

    passando pra agredecer a alegria da leitura das suas palavras.

    ;)

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  5. Ufa... Quando poesia se esvai: vai a vida.

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  6. olá ! Seu poema passou mt bem a importância de escrever e do que significa pra gente .. e quando se vai , algo fica fora do lugar . Gostei do blog , muito sucesso pra você !
    Aguardo uma visita sua no meu blog também ein ? http://www.pobreshumanos.blogspot.com/

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