Ócio
Acordo tarde, com gosto de sangue na boca,
Não levanto, olho pro teto, bocejo. Nada de interessante vejo
Nessa minha vida inerte e oca.
A calmaria é a maré da minha vida
E o tédio, minha caravela.
Vago pelo oceano sem destino,
Jamais descobrirei as novas terras.
...
Janto, olhando as horas.
Os ponteiros, o relógio, tudo está morto
No cemitério pregado na parede.
Não só morrem as horas no meu necrotério cronológico
De ócio, no calendário morrem os meses
E lá todos os anos sofrem de bócio.
Nos segundos inteiros poderiam ter sido...
E que não foram.
sei bem que momento da sua vida serviu de inspiração pra esse aí!!! eu não sabia se ria ou se chorava...
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